
“Assistimos ontem e hoje a um atentado contra a democracia, contra a liberdade de expressão, o que já é uma marca extremamente preocupante dos nossos adversários. Ao tentar invadir e depredar a fachada de um importante veículo de comunicação, os manifestantes não atingem aquele veículo. Atingem o que temos de mais valioso, que é a liberdade de expressão no Brasil, a liberdade de imprensa. A democracia vive disso, das manifestações. E as contrárias devem ser respeitadas. O alvo foi errado, porque o que a VEJA e outros veículos de comunicação fazem é comunicar. Eles são os vasos transmissores das informações e ao tentar proibir a veiculação dessa revista, há uma demonstração clara do Partido dos Trabalhadores de seu descompromisso com a democracia e com a liberdade de expressão”, disse o candidato ao chegar à cidade de São João Del Rei. “É um atentado que deve receber o repúdio de todos os brasileiros da forma mais veemente possível. E uma boa forma de demonstrar esse repúdio é indo às urnas amanhã para valorizar a democracia e apontar um novo caminho para o Brasil”, completou ele, que disse que, se eleito, atuará em favor da liberdade de imprensa.
A presidente também comentou o caso. “Eu lamento qualquer ato de vandalismo. Não concordo. Repúdio formas de violência. Isso é uma bárbarie. Deve ser coibido. Nós só podemos aceitar um padrão de discussão que seja pacífico, com argumentos, que defenda posições e que não ataque uns aos outros. Não se cria um país civilizado e democrático dessa forma”, comentou a presidente.
Em nota, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) afirmou em nota que “repudia veementemente os ataques”. "A Abert acompanha com preocupação episódios como o de ontem à noite, pois a entidade considera grave qualquer ato de intimidação à liberdade de imprensa. A Abert lembra que a Declaração de Chapultepec, da qual o Brasil é signatário, aponta uma imprensa livre ‘como uma condição fundamental para que as sociedades resolvam os seus conflitos, promovam o bem-estar e protejam sua liberdade’”.
Em entrevista à Rede Globo, o presidente da OAB, Marcos Vinícus Coelho, afirmou: "Nesse momento entendemos que o principal é termos a maturidade institucional para preservarmos a democracia brasileira".