
O partido que Marina Silva deixou de lado para disputar as eleições, a
Rede Sustentabilidade ainda tem futuro incerto. Integrantes da legenda
estão reunidos neste domingo (23) em Brasília para planejarem os
próximos passos da sigla. A Rede ainda depende de 32 mil assinaturas
para entra com o pedido de registro no Tribunal Superior
Eleitoral. Alguns ainda são contra a criação do partido logo, como o
presidente da Natura, Guilherme Leal.
Acha que é preciso aguardar o
primeiro semestre de 2015, com as novas ações do governo Dilma, esperar
alguma insatisfação e assim seguir para angariar mais integrantes. Já
outros querem a criação imediatamente, até o primeiro bimestre do ano
que vem.
Marina continua indecisa, mas ao menos afirmou que não pretende
afundar como após as eleições de 2010. A criação da legenda está ligada
a participação mais ativa de Marina Silva nas eleições municipais em
2016.
Braço direito: O ex-deputado tucano Walter
Feldman, que se tornou o braço direito de Marina Silva durante a corrida
eleitoral, disse em entrevista à Carta Capital que a legenda se
recupera do massacre que foi as eleições presidenciais. “(Nossa
situação) É semelhante à polonesa no fim da Segunda Guerra Mundial.
Ser
destruído, massacrado e a nação continuar viva. (A campanha) foi muito
difícil, né. Desproporcional. Com características que foram estranhas, e
diferentes em relação a outras campanhas. Houve todo um processo de
desconstrução da candidatura da Marina. Com pouco tempo de reação, pouco
tempo de televisão.
Então na nossa opinião, com todo esse quadro,
saímos vivos, respeitados, mantivemos os princípios e valores e a forma
como achamos que deve se fazer campanha”, afirma. Feldman ainda falou
sobre as perspectivas de atuação da Rede no Congresso, a partir do
registro no TSE. De acordo com ele, a legenda “não nasceu” para integrar
a base aliada, mas também garante que não fará oposição com o jeito do
PSDB.