Desenvolver integralmente o ser humano, valorizar os profissionais e ter transparência democrática na gestão são alguns dos objetivos traçados pelo Governo do Estado, que busca melhorar o desempenho do Sistema Estadual de Ensino. Para isso, desenvolveu seis eixos para a educação integral humanizada do Tocantins. São eles: ressignificação do currículo, valorização e formação do profissional, escolas de referência, educação do campo, indígena e quilombolas; e gestão democrática.
“O que nós estamos apresentando para a educação do Tocantins tem a finalidade de permitir que a escola tenha significado para alunos e professores, e nós entendemos que essa importância só será possível a partir da educação integral e humanizada. Educação integral implica em uma formação plena do ser humano e essa formação plena provoca que nós consideremos alguns elementos”, explica o secretário da Educação, Adão Francisco de Oliveira.
O primeiro desses elementos é a ressignificação curricular, ou seja, é fazer uma revisão da forma como o currículo está construído, dando mais equalização para as áreas de formação e incorporando outras pautas que hoje estão ausentes do processo de formação escolar. “Essa ressignificação curricular pode considerar o tempo integral como sendo um elemento importante para dar essa ampla formação humana que nós pretendemos; ele não é exclusivo, ele não é condição elementar, ele é possibilidade”, considera o secretário.
Sobre o segundo elemento, a valorização e formação profissional, Adão Francisco conta que os professores passarão primeiro por um processo de formação do que vem a ser, de fato, a educação integral e, no reboque da sua formação, eles vão incorporar todas as vantagens e direitos, em termos de remuneração, decorrentes da sua condição formativa.
“A terceira condição para que implantemos de fato a educação integral, é que nós precisamos fazer das escolas, escolas de referência, o que implica rever toda a sua condição estrutural de funcionamento, submetendo as escolas a um processo de reforma e de ambientalização que lhes dê a possibilidade de estarem articuladas nessa condição de significação, nesse processo de formação escolar. O espaço físico também é determinante para que a criança e o adolescente se sintam à vontade e incorporem possibilidades formativas”, destaca.
Segundo o secretário, o quinto elemento para consolidação da educação integral é a garantia à cidadania a determinados grupos sociais como os camponeses, indígenas e quilombolas. A medida leva em consideração o fato de se tratar de três categorias sociais com fortes incidências no Tocantins e que, de acordo com o secretário, sempre foram tratadas de forma marginalizada. A ideia é fazer com que estas comunidades assumam seu verdadeiro papel de importância no contexto social e do desenvolvimento do Estado do Tocantins.
O último elemento, que diz respeito à gestão democrática, recomenda autonomia para o funcionamento das unidades escolares, onde as pessoas que tenham interesse em dirigir a unidade escolar participarão de um processo de seleção mediante provas e títulos, e as três pessoas que tiverem melhores desempenhos serão submetidos à comunidade para o referendo. Com isso, a comunidade irá referendar um nome e esse nome passará por um processo de formação intensiva para poder, de fato, assumir a direção de escola; e sua gestão ainda será monitorada para que sejam corrigidas distorções.
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