
O
governo informou nesta terça-feira, 12, que o Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) somará R$ 1,2 trilhão até 2019. No mesmo período, os
bancos oficiais deverão emprestar R$ 48,6 bilhões para as concessões do
Programa de Investimentos em Logística (PIL). Esses dados fazem parte do
Plano Plurianual 2016-2019, que foi sancionado por Dilma em janeiro
passado sem essas cifras.
Na
ocasião, o Executivo havia ficado de informar ao Congresso, num prazo
de 90 dias, qual o montante destinado aos dois programas de
investimento. A cifra relativa ao PAC inclui investimentos feitos com
recursos do Orçamento Geral da União, aqueles realizados com recursos
das empresas estatais federais e os financiamentos concedidos por bancos
oficiais para projetos incluídos no programa.
Os
valores informados para o PIL referem-se unicamente a empréstimos.
Ambos são apostas fortes do governo para a criação de uma agenda
positiva, em meio às discussões sobre o impeachment da presidente Dilma
Rousseff. Por serem em sua maioria empreendimentos de longo prazo, esses
investimentos têm uma certa proteção contra turbulências políticas e a
retração econômica. Porém, a imunidade não é total.
O
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem
retardado a liberação de empréstimos para as concessionárias em
infraestrutura. Por isso, tem sido alvo de críticas generalizadas nos
bastidores. O governo quer mais rapidez, não só para destravar
investimentos, mas também para injetar liquidez nas empresas
brasileiras, que padecem de falta de caixa.
O
PAC, por sua vez, sofreu um corte de R$ 34,9 bilhões em seu orçamento,
na comparação com o ano passado. Diante da queda de receitas e de dois
bloqueios de gastos (contingenciamentos), que já somam R$ 44,6 bilhões
este ano, o programa ficou com um limite disponível de R$ 24,3 bilhões
para gastar este ano.