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JOVENS DENUNCIAM PMS POR AGRESSÃO APÓS PRINCÍPIO DE REBELIÃO NO TOCANTINS

Jovens do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Palmas disseram nesta segunda-feira (25) que foram agredidos por policiais militares durante um princípio de rebelião. Adolescentes e alguns maiores de 18 anos, que cumprem medida socioeducativa na unidade, alegaram que iniciaram o tumulto por melhores condições de internação.

Sobre a denúncia, a Polícia Militar informou em nota nesta terça-feira (26) que uma investigação será feita para apurar a ação dos militares, e que caso seja constatado o abuso, eles sofrerão as medidas administrativas necessárias.
 
Marcas presos (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Ainda na segunda-feira, os socioeducandos fizeram exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) da capital. Os resultados devem ser usados durante as investigações.
O socioeducando Gleison Silva Rosa relatou o que, segundo ele, aconteceu dentro do Case durante o tumulto: "A polícia caiu para dentro entendeu? Chegaram dando tiro de 12, spray de pimenta, daquele jeito. Até os menores que não tinham nada a ver [com a confusão], a polícia tava metendo o tiro. Eu estou cheio de hematomas na cabeça, nas costas, estamos todos arrebentados", relatou
Os hematomas eram bem visíveis nos corpos dos jovens, que reclamaram das instalações e da alimentação fornecida no Case. "Nós estamos sendo maltratados naquele lugar. Lá tem meio mundo de insetos, barata. E a comida parece uma lavagem. Nós queremos nossos benefícios", reivindicou o socioeducando Itamar Rodrigues de Moura.

Nós queremos nossos benefícios"
Itamar Rodrigues de Moura
Depois dos exames, os jovens maiores de 18 anos foram levados para a Casa de Prisão Provisória de Palmas.
Segundo o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca), as agressões realmente aconteceram durante uma revista feita pela PM. A coordenadora do Cedeca, Mônica Brito, alertou que a entrada da polícia no Case é ilegal.

"A entrada da polícia na unidade é proibida por lei, porque o regime de tratamento para o adolescente é diferente do adulto. Mais grave que isso foi a ação abusiva da PM contra os menores que já estavam imobilizados", argumenta.
A representante do Cedeca explica que desde o início deste ano que a instituição faz denúncias aos órgãos públicos sobre a situação do Case. Para ela, a estrutura física da unidade é inadequada para o atendimento dos adolescentes.

"Eles se encontram em condições inabitáveis, que não são destinadas a seres humanos. Por exemplo, quando a descarga do banheiro é acionada, as fezes caem dentro das celas onde os socioeducandos ficam. A alimentação servida é composta por comidas estragadas e eles ainda têm que conviver com baratas. Os jovens não tem acesso nem à água potável", afirmou a coordenadora.

A Secretaria de Defesa e Proteção Social alegou em nota que uma equipe da Infraestrutura já foi até o Case para analisar a situação das instalações da unidade. O órgão também disse que obras para reforma e ampliação do prédio estão previstas para serem feitas, mas não informou uma data específica para que isso ocorra.
Sobre a atuação da PM no Case, a secretaria afirmou que a Justiça liberou a entrada dos policiais militares na unidade.
Do G1 TO, com informações da TV Anhanguera



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