
Desde julho do ano passado o mormo afeta equinos da região Sul do Tocantins e 24 animais já foram sacrificados. A doença, causada pela bactéria Burkholderia mallei, atinge principalmente o sistema respiratório e cutâneo, não tem tratamento, no caso de animais, que precisam ser sacrificados caso o resultado de exame seja positivo.
O contágio entre os animais se dá por contato direto ou pelo uso comum de materiais como bebedouros e celas. Segundo a vice-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec), Marcia Fonseca, os principais sintomas presentes no animal infectado são: secreção, linfonodos, problemas de pele com lesões próximas ao focinho, olhos e outras partes do corpo.
“A doença se manifestou no Sul do estado, nos municípios de Formoso, Sandolândia e Cariri. De lá pra cá temos feito todas as contenções para mitigação da doença, por meio do controle desses focos. Realizamos basicamente o sacrifício dos animais positivos e o saneamento daqueles animais que entraram em contato com eles. Fazemos exames em todas as propriedades com foco e nas vizinhas, além de exames nos animais que podem ter entrado em contato com o equino positivo”, explica.
Foram coletadas 755 amostras de sangue para possível diagnóstico de mormo e 52 propriedades foram interditadas nos municípios. A gestora informa que as propriedades são interditadas já na suspeita e só são liberadas após o teste final, que comprova se o animal é ou não positivo, e depois de todo o trabalho sanitário feito no local.
Restrições
Considerando que o mormo é uma doença infectocontagiosa e o trânsito de animais pode facilitar a chegada da doença a outros lugares do estado, os três municípios que apresentaram a doença foram proibidos de realizar eventos com qualquer aglomeração de equídeos. Já as cidades vizinhas: Gurupi, Dueré, Figueirópolis, Araguaçu e Lagoa da Confusão, precisam de autorização da Adapec para realizar cavalgadas e tropeadas, por exemplo.
Neste sentido, Marcia alerta ainda que “é preciso a consciência de quem trabalha com equídeos no sentido de ter todas as licenças necessárias para o trânsito de animais”. Com o trânsito feito dentro das normas estabelecidas em lei, os animais passam por diversos testes, inclusive o de mormo, e por isso podem trafegar pelo estado e para fora dele em segurança.
Controle
Para garantir o controle do mormo, a Adapec e o Ministério Público Estadual (MPE), firmaram uma parceria de informações. Os dois órgãos alinharam as ações em relação à doença e o procurador-geral de Justiça, Clenan Renaut recebeu a cópia da portaria que regulamenta as aglomerações.
Jornal do Tocantins